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Mostrando postagens de 2023

No seu tempo

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  Que loucura esse mundo ! Quanta gente correndo. Quanta gente desesperada. Quanta gente perdida. Quanta gente afobada. Quanta gente distraída. Quanta gente desconectada. Quanta gente falando. Quanta gente gritando. Quanta gente cansada. Quanta gente exaurida. Quanta gente esgotada. E no meio de toda essa gente, estamos nós, tentando acompanhar esse ritmo frenético que nos faz perder a vida enquanto nos engana dizendo que a estamos ganhando. “Viva a tua vida dentro do seu tempo. Não queira correr só porque todos os outros estão correndo” (Bruna Andreoli) Mas é isso. Com tanta gente lutando contra o tempo para fazer o máximo de coisa no menor tempo possível, é como se nos sentíssemos na obrigação de também correr porque, caso contrário, ficaremos para trás, nessa lógica competitiva na qual fundamos nossas vidas. Certa vez eu disse aqui que a vida não é uma competição. E hoje torno a dizer: não, a vida não é uma competição. Então não corra se os outros correm, não desperdice sua vida...

A chegada da primavera

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  Somos machucados . Em determinados momentos da vida nós somos tremenda e impiedosamente feridos. Até mesmo pelas pessoas que menos esperávamos. Minguam nossa esperança. Diminuem a nossa certeza. E semeiam no solo do nosso coração dúvidas e inseguranças a respeito de nós, da vida, da existência. Damos ouvidos. Damos atenção. Acreditamos que não somos capazes. Convencemo-nos de que não somos dignos. Arrancam as flores do nosso jardim desde a raiz. E riem da nossa tristeza. Existem pessoas maravilhosas no mundo, pessoas incríveis, que estendem a mão quando o próximo tanto necessita . Contudo, existem pessoas mesquinhas, amarguradas, que destilam seu amargor pela vida contra os outros e não sabem respeitar os demais, reconhecer seu valor, ofertar um pouco de conforto. Mas não tem problema. Podem nos machucar. Nós nos recuperaremos! “Poderão cortar todas as flores, mas não poderão deter a chegada da primavera” (Pablo Neruda) Você já prestou atenção no poder da primavera? Vem o outono,...

As recaídas da vida

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  Talvez você tenha passado por uma recente transformação em sua vida. Ou então conheça alguém que, depois de tanto lutar, finalmente conseguiu se libertar das amarras que o prendiam. Podemos estar falando de pessoas que de impacientes vorazes tornaram-se em pacientes apaziguadores, de pessoas que de insensíveis amarguradas tornaram-se em empáticas compreensivas, ou de pessoas que lutando contra vícios e dependências conseguiram libertar-se daquilo que destruía suas vidas, seus relacionamentos, sua relação consigo mesmo. Não importa. O importante aqui é a reflexão que faremos. Recaídas acontecem. E não podemos nos punir por elas . Mudar um comportamento que há tanto tempo vínhamos adotando e que nos fazia, de alguma maneira, sentirmo-nos protegidos da bagunça do mundo, não é fácil nem corriqueiro. Há pessoas que prometem. Há pessoas que prometem transformar a sua vida em sete dias! Mas não passa de ilusão. Elas podem conseguir mudar a superfície. Retirar aquelas folhas que pairam s...

A pessoa por trás das palavras

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  Perder a paciência. Seria normal? Seria uma falta de virtude? Seria um defeito inaceitável? Não. Perder a paciência faz parte da condição humana . Coisas acontecem. Coisas muitas vezes intensas e pesadas demais para a fragilidade de nossos braços, para a limitação de nossas forças. Coisas que nos tiram dos eixos, provocam desestabilizações, fazem a vida dar aquela “sacudida”. Não somos máquinas, entende? Somos feitos de carne, osso e sentimentos. E carne, osso e sentimentos não são metais conectados a fios que se ligam a uma central automatizada. Carne, osso e sentimentos não podem ser automatizados porque ser humano não é ser indiferente à vida . Então perder a paciência faz parte da vida. Não sempre. Claro que não. Ninguém se sente à vontade vivendo ao lado de alguém impulsivo, descontrolado, que pelas razões mais bobas possíveis descarrega uma carga desproporcional de energia irada sobre as demais pessoas. Mas vez ou outra perderemos o chamado “equilíbrio”, sairemos de nossa ...

Quando precisamos voar

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  “Pássaro livre, quando sente que o galho já não é mais seu, ele voa” (Legão) Chegamos a certa altura de nossas vidas e parece que aquilo que estamos vivendo já não faz mais sentido. É como se tivesse perdido o significado. Olhamos para trás e sorrimos nostálgicos e saudosos. “ Como era bom aquele tempo, quando tudo possuía um propósito” . Só que a vida é assim mesmo. Ela continua. Ela prossegue. E nós prosseguimos com ela . De maneira que nos transformamos, intimamente, profundamente, internamente. Chegamos a certa altura de nossas vidas, olhamo-nos no espelho e, comparando-nos com quem um dia fomos, chegamos à conclusão de que já não somos mais os mesmos. E se não somos mais os mesmos de antes, pode ser que também não caibamos mais nas situações de outrora . É quando os galhos já não nos pertencem. E só nos resta voar para novas árvores. A questão é que não é tão fácil quanto possa parecer. Principalmente quando nos sentimos tão arraigados àquilo sobre o qual insistimos. É como ...