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Mostrando postagens de julho, 2023

Vida aos nossos dias

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  A inspiradora Cora Coralina tem uma frase que servirá de partida para a nossa reflexão de hoje. Gostaria que você lê a lesse com calma. Se possível, pare um pouco a leitura do texto e reflita sobre esse pensamento em especial. Ele é tocante! “ Não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas podemos acrescentar vida aos nossos dias” Muitas foram as reflexões que fiz a partir dessa frase, mas vou compartilhar apenas algumas das mais importantes com a intenção de fazer com que você também pense sobre suas impressões diante dessas palavras e como elas podem transformar a sua existência! O fato de não podermos acrescentar dias à nossa vida é inegável . Não temos esse controle. Não podemos dizer com certeza que viveremos até os cem anos. Quando estivermos sentindo o fim se aproximar, não bastará a nossa vontade para que mais dias nos sejam acrescentados. Temos um começo e temos um fim. E isso não podemos mudar. Mesmo que passemos a adotar estilos de vida que prometem prolongar o nosso t...

Nada em troca

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  Vivemos na expectativa do que nossas ações poderão provocar, não é verdade? Aliás só decidimos por algo quando temos aquela certeza de que seremos de alguma forma beneficiados pela nossa escolha. Mas viver assim, sempre na expectativa do que poderemos ter quando decidirmos ser é uma grande tolice que nos faz desperdiçar tempo e oportunidade. A graça da vida está em ser surpreendido por suas curvas e esquinas. “Ouça, Virgínia, é preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher as rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca” (Lygia Fagundes Telles). O fato é que vivemos em função da repercussão. “ Como assim, plantar roseiras sem querer colher as rosas?”. Você pode ter pensado. “ Não estaria a graça da coisa em depois poder ostentar o que fomos capazes de fazer?”. Também pode ter sido um pensamento. Mas não. Nada disso importa. Viver em função dos aplausos e dos tapinhas nas costas é uma co...

Laços

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  A vida segue o seu fluxo e quando menos percebemos adentramos a tão temida e indesejável velhice. Para alguns de nós ela será relativamente tranquila, sem grandes problemas de saúde ou impossibilidades de funcionamento, no entanto, para outros, ela trará limitações que ao longo da juventude jamais foram experimentadas. Mas o fato é que todos perderemos o vigor da idade jovem, a força nas pernas, a destreza nas mãos, a capacidade nos olhos e a percepção dos ouvidos. O fato é que em alguma medida, profunda ou leve, vamos depender de alguém que nos ajude em alguma coisa, nem que seja a suportar a partida de nossos amigos , irmãos, pessoas que, por chegarem no mesmo ponto da vida que nós, começarão a partir e nos trarão aquela lembrança constante de que nós também, em algum momento, partiremos. E nessa hora, quando dependermos do afeto de alguém que nos ajude colhendo nossas lágrimas, serão os laços que construímos ao longo da vida que servirão de auxílio e apoio. O problema é que es...

Arrumar o coração

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  Existe um provérbio chinês que diz: “ A gente todos os dias arruma os cabelos. Por que não o coração? ”. E a partir disso podemos refletir sobre o fato de estarmos incessantemente preocupados com o nosso exterior, com aquilo que as pessoas poderão ver, com o que vestimos, o que calçamos, como nos ornamentamos, como escondemos as nossas “imperfeições”. E nessa de vivermos em função das expectativas alheias, negligenciamos o cuidado para com o nosso próprio interior, a nossa casa, onde habitamos . E quando nos damos conta sentimos que estamos bagunçados, desorientados, sem um propósito, sem saber o que de fato fazemos nessa existência. É como se tivéssemos caído de paraquedas e agora precisássemos aprender a sobreviver sem qualquer instrução. Tudo porque não olhamos para o nosso interior da mesma maneira como estimamos o exterior. E não estou dizendo que devemos, então, andar descabelados, com roupas rasgadas, sapatos remendados, olhos remelentos. Cuidado com a nossa imagem também ...

Quando o amor é de verdade?

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  Quando podemos saber que o amor que sentimos – ou que sentem por nós – é verdadeiro? Talvez essa seja uma daquelas perguntas que existem na vida e que colocariam um milhão de reais em nossa conta caso encontrássemos a resposta correta. Mas em relação ao amor, a esse sentimento tão indescritível, será que existe uma resposta certeira? Não acredito que exista, porque, como para todas as coisas complexas da vida, não somos capazes de formular resoluções à altura do amor. Mas podemos refletir. E podemos usar as palavras de John Dryden para dar os primeiros passos dentro dessa reflexão que, não nos trará respostas, mas pode nos trazer novas perspectivas. “ O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos, e cada pequena ausência é uma eternidade ”. Talvez quando percebemos essas coisas é quando podemos ter certa noção sobre os sentimentos que dizemos sentir – e que dizem experimentar por nós. É quando quase não conseguimos controlar a ansiedade por reencontrarmos a pessoa amada....

Ser aquele que cura

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  Precisamos entender que cada um tem a sua própria história, a sua própria verdade, o seu próprio jeito de ser, a sua própria maneira de estar no mundo . E precisamos, também, entender que, se essas singularidades não ferem as singularidades das demais existências, devem ser respeitadas e defendidas em seu direito de existir. Com isso quero dizer que precisamos respeitar a diversidade humana que existe, sempre existiu e para sempre existirá. Precisamos olhar para quem é diferente de nós não com repulsa ou reprovação, mas com curiosidade: quem ele é? Por que ele é? E o que posso aprender com ele? Esse é um passo importante na construção de uma sociedade melhor, mais evoluída e com maior união. O que acontece, entretanto, é que as pessoas não conseguem aceitar as diferenças e acabam até mesmo se matando por causa delas. Outras, quando deveriam oferecer amor e compreensão, só conseguem oferecer ofensas e humilhações, desprezando ligações de sangue, ignorando laços de amizade, despre...