Quando o amor é de verdade?

 

Amor verdadeiro

Quando podemos saber que o amor que sentimos – ou que sentem por nós – é verdadeiro? Talvez essa seja uma daquelas perguntas que existem na vida e que colocariam um milhão de reais em nossa conta caso encontrássemos a resposta correta. Mas em relação ao amor, a esse sentimento tão indescritível, será que existe uma resposta certeira? Não acredito que exista, porque, como para todas as coisas complexas da vida, não somos capazes de formular resoluções à altura do amor. Mas podemos refletir. E podemos usar as palavras de John Dryden para dar os primeiros passos dentro dessa reflexão que, não nos trará respostas, mas pode nos trazer novas perspectivas.


O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos, e cada pequena ausência é uma eternidade”.


Talvez quando percebemos essas coisas é quando podemos ter certa noção sobre os sentimentos que dizemos sentir – e que dizem experimentar por nós. É quando quase não conseguimos controlar a ansiedade por reencontrarmos a pessoa amada. É quando os poucos minutos que passamos distantes doem como se fossem séculos de silêncio e desconhecimento. E pode parecer romântico. Meloso. Até dramático. Pode parecer que essa seja uma ideia fantástica sobre o amor. Mas quando ele é verdadeiro, quando existe de fato, mistura-se a nós ao ponto de ser como o oxigênio do qual dependemos para sobreviver.


Não estou querendo dizer que nossos objetos de amor devam se tornar a nossa substância viciante. Mas com certeza ocupam um lugar privilegiado em nossas vidas. E só é considerado privilégio aquilo que realmente importa. Se importa, é verdadeiro. Quando as horas são contadas, os dias circulados e os meses calculados com minuciosidade para o próximo encontro, para a próxima união, para as próximas experiências compartilhadas, então é porque é verdadeiro, é sincero, é genuíno. Não quer dizer que seja inabalável.


Então talvez devamos mudar nossa pergunta. Ao invés de nos indagarmos sobre quando o amor é de verdade, deveríamos nos questionar sobre como tornar verdadeiro aquilo que tanto nos agrada. Porque nos confundimos. Achamos que o amor deveria persistir por si mesmo. E não nos damos conta de que ele exige cuidados matutinos e vespertinos. E às vezes não poderemos dormir, teremos que ficar em vigília quando todos adormecem, apenas para manter vivo e verdadeiro o que tanto nos conforta.


Acontece que o amor é difícil. E o mistério não está em saber se ele é verdadeiro ou não. O fato é que precisamos descobrir o quanto estamos dispostos por batalhar por ele. Temos mania de desistir daquilo que é difícil. Muitos desistem do amor e depois se convencem de que ele é uma mentira, uma ilusão, não existe. Mas o que não existiu foi disposição por vivê-lo. Só que o que torna a vida atrativa e dinâmica são as dificuldades que se apresentam em nosso caminho. São elas que nos movem. Que nos fazem criativos. E que revelam o quanto consideramos verdadeiro aquilo que dizemos sentir.


Então a pergunta não deveria ser sobre quando o amor é de verdade, mas se nós consideramos real o amor que procuramos demonstrar. E daí, talvez, possamos responder que para saber quando o amor é de verdade, devemos observar o quanto estamos dispostos a lutar por ele.


(Texto de @Amilton.Jnior)


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