O vírus da perfeição

 

Perfeição

Você tem vivido a sua vida a partir de seus próprios valores? Imagine que você esteja segurando uma maleta. Agora imagine que dentro dessa maleta estão todas as suas características, os seus sonhos e desejos, suas opiniões e aspirações. Agora se questione: quais desses itens foram colocados realmente por você? E quais foram simplesmente aceitos, já que lançaram aí dentro sem que sua opinião fosse consultada? Quais itens foram vendidos como sendo os precursores da perfeição? Quais dos itens você “comprou” já que era o que esperavam de você? E qual foi o preço? O que você perdeu nessa transação? O que ainda tem perdido por carregar um peso que talvez nem seja seu?


Pois é o que fazemos ao longo da nossa vida. Em busca da perfeição e de seus atrativos – como o fato de sermos sempre “aplaudidos” ou “reconhecidos” –, aceitamos carregar nas costas uma bagagem pesada demais. E essa bagagem parece impedir o nosso caminhar. É como se precisássemos fazer um esforço descomunal para que déssemos poucos passos. E não teria como ser diferente. A vida, para ser leve, deve ser preenchida apenas pelas coisas que interessam a nós, que fazem sentido à maneira como decidimos passar pela vida. Nosso erro está em colecionar itens que em nada tem a ver com quem somos ou o que queremos, mas que foram simplesmente “aceitos”, sem qualquer prévia reflexão, porque pareciam promissores demais ao fracassado ideal de perfeição.


Agora que você olhou para a Maletinha da Vida talvez possa se questionar sobre o que pode ser colocado para fora para que a estrada seja caminhada de uma forma mais serena e tranquila. E esse processo não será fácil, claro que não. Mas você pode buscar ajuda nesse momento de autoconhecimento. Talvez precise de um acolhimento, não o recuse. Mas também não abra mão do seu direito de viver uma vida que, muito além de perfeita, terá sido verdadeira: nela você terá vivido a sua verdade!


Vamos conversar mais sobre o assunto? Ouça agora mesmo o episódio 38 do Coisas da Vida Podcast clicando aqui.


(Texto de @Amilton.Jnior)


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