O preço da impaciência

A gente não aprende. Não tem jeito ... Quando crianças, lá pelos nossos oito, dez anos, percebendo o quanto de coisas legais poderíamos fazer, como dormir mais tarde ou andar de bicicleta com os nossos amigos durante a noite, mas que nossos pais não deixam, batemos o pé, esperneamos, fazemos todo um drama e, sentindo-nos tão aprisionados, vociferamos que não vemos a hora de nos tornarmos adultos para termos a nossa independência. Falamos isso sedentos pela chegada da adolescência. Quando imaginamos que estaremos um pouco mais velhos como os nossos primos que já têm barba ou nossas primas que já podem namorar e, então, poderemos usufruir dessa aparente liberdade . A adolescência, enfim, chega. Ganhamos alguma liberdade, é verdade. Ao menos quando temos pais razoáveis que compreendem que não podem nos prender tanto para que consigamos desenvolver a nossa autonomia. Mas além dessa ainda pouca liberdade da qual podemos usufruir, precisamos lidar com aquelas incertezas do ser adolesce...