A pessoa que você esconde

 

Vergonha

Um dia li uma frase que nos alertava para o fato de que nunca saberemos quem poderia se apaixonar pela pessoa que escondemos. E isso faz sentido. Não sabemos quem poderia se encantar, quem poderia ser atraído, quem desejaria se aproximar da nossa existência e a ela juntar a sua. Mas vou além. Nem mesmo nós saberíamos quais incríveis experiências poderíamos experimentar se deixássemos de nos esconder, de nos ocultar, de impedir que o mundo se aproximasse e nos conhecesse com nossas particularidades e singularidades.


Às vezes sentimos medo. Vivemos mesmo em um mundo que pode ser bem hostil a depender de seu humor. Um mundo que não nos aceita. Um mundo que não nos acolhe. Um mundo que não nos percebe como nós gostaríamos que ele nos percebesse. E em virtude desse medo a gente se esconde. Em virtude da ingenuidade de achar que o mundo seria capaz de nos aceitar a gente se isola. Porque o fato é que não seremos aceitos pelo mundo como um todo. Mas se nos escondermos, jamais saberemos qual mundo (de alguém) poderia nos aceitar.


E esse medo vem da nossa própria rejeição por nós mesmos quando não aceitamos características tão únicas e exclusivas a nós. Quando deixamos de nos olhar no espelho por considerarmos que há tantas coisas erradas em nossa constituição. Quando, convencidos pelas exigências de um mundo constantemente insatisfeito, passamos a nos considerar insuficientes.


Será que podemos desenvolver um olhar mais compreensivo e acolhedor por nós mesmos? Asseguro que sim e, então, convido a você que ouça o quarto episódio do podcast Coisas da Vida, “A pessoa que você esconde”, clicando aqui!


(Texto de @Amilton.Jnior)


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