Não se trata de competição

 

A vida não é uma competição

O mundo tem estado cada vez mais competitivo. Parece que precisamos ser “o melhor dos melhores” para permanecer seguros nas posições que conquistamos. É como se precisássemos olhar para o outro, descobrir no que ele é bom e fazer o (im)possível a fim de desenvolver em nós aquela mesma habilidade – só que em um nível superior. Não podemos mais ver aqueles que nos cercam como inspirações. Devemos encará-los como metas, objetivos. São alvos que não devem ser meramente atingidos. São alvos que devem ser superados! Parece que virou lei ser melhor do que todo mundo.


E, assim, as pessoas têm vivido loucamente, experimentado um estresse cada vez mais enfadonho e um cansaço que as paralisa na vida. Experimentam a sensação da insuficiência. Quanto mais fazem menos parecem alcançar o objetivo. O que é visto como um fracasso, embora não o seja. E não é porque cometemos um grotesco erro ao compararmos nossas vidas com as das outras pessoas e traçarmos como propósito de vida a meta de superá-las. Isso é um erro porque somos singulares. Cada pessoa nesse mundo é única. Habilidades que tenho talvez você nunca terá. E habilidades que você possui, por mais que eu as inveje e persiga, jamais conseguirei obter. Porque somos diferentes. Tremendamente diferentes. Sua história pode inspirar a minha, mas a minha história só eu poderei viver e escrever. Do meu próprio jeito. Da maneira que funcione para mim.


E talvez as conquistas que tive na vida exigiram passar por caminhos que foram construídos para a minha história. Caminhos que foram possíveis de serem percorridos por mim. Caminhos para os quais estive preparado na hora de caminhar. Caminhos que fizeram sentido à minha existência. Caminhos que, possivelmente, jamais serviriam aos seus propósitos nesse mundo. Caminhos que para você seriam tediosos demais. Caminhos que à sua existência não caberiam. Então como pode almejar pelas construções que fiz sendo nossos caminhos tão únicos e particulares? Quer pisar sobre as pedras que pisei? Atravessar os rios que atravessei? Subir pelos montes nos quais escalei? Suas pedras podem ser outras, seus rios podem ser outros e seus montes também. De maneira que os meus passos não podem ser imitados a fim de serem superados. É você quem precisa descobrir quais devem ser os seus próprios passos.


Que tal conversamos um pouco mais profundamente sobre o fato de que a vida não é uma mera competição? Clique aqui e ouça o sexto episódio da primeira temporada do podcast Coisas da Vida!


(Texto de @Amilton.Jnior)


>> O podcast Coisas da Vida está presente, ainda, em outros tocadores. Basta procurar por “Coisas da Vida Podcast” ou acessar os links disponíveis no perfil @c.d.vida, lá no Instagram!


~~~~~~~~


Você pode continuar acompanhando o meu trabalho:


- Livros gratuitos (clique aqui)

- Podcast sobre saúde mental, autoconhecimento, família, relacionamentos e muito mais (clique aqui). Você ainda por ouvir o podcast nos seguintes tocadores: Google Podcasts e Spotify.


É sempre um prazer receber a sua atenção!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

As cascas da laranja

Serviço de Psicoterapia Online

Ansiedade: Um convite para o cuidado

Viva completamente

Uma bela história