Arrependimentos na vida

 

Vida

Vivendo de maneira despreocupada, até mesmo superficial, desatenta, como tantos fazem, corremos um grande risco de acabarmos amedrontados e acompanhados pelos trágicos efeitos de arrependimentos com os quais teremos que conviver. E esses arrependimentos se dão a partir de uma forma errada de viver. E não é o “errado” no sentido moral, já que não me proponho a discutir o assunto dessa maneira. Refiro-me a uma vida que não é autenticamente vivida. Uma vida que vivemos com o propósito de impressionar, de sermos impressionantes, tudo para que aquela foto ensaiada mil vezes consiga milhares de curtidas e centenas de comentários. Uma vida que vivemos para os outros, dificilmente para nós mesmos.


Um desses arrependimentos pode ser o de não termos feito de nossas existências aquilo que realmente queríamos. Um arrependimento que pode doer amargamente quando estivermos diante da nossa finitude, da inevitável passagem do tempo, passagem esta que levará consigo o nosso vigor, a nossa força, deixando apenas a nossa fragilidade e limitação. Arrependimento que arderá cruelmente porque, enfim, compreenderemos que abrir mão de nossos sonhos e de nossas verdades não nos poupou do mesmo destino reservado a todos os seres humanos: o fim, o esquecimento; a convicção de que somos apenas isso mesmo: seres simplesmente passageiros, nunca permanentes.

No entanto, atentos à vida e observadores de seus caminhos e trajetos, poderemos ter a chance de fazermos escolhas melhores, mais esclarecidas, que correspondam aos nossos ideais, aos nossos valores, que façam sentido à história que realmente gostaríamos de escrever e, principalmente, viver! Para tanto, precisamos entrar em contato conosco mesmos. Mesmo que isso doa. Mesmo que isso signifique ter que fazer uma visita aos nossos cantos mais ocultos e escondidos. Apenas assim saberemos quem somos, libertar-nos-emos dos ecos de um mundo sempre tão palpitante e seremos livres para trilharmos o caminho que realmente gostaríamos. Um caminho que talvez nem exista e que, portanto, precisará ser inventado através da nossa liberdade para criar a nossa história!


Vamos conversar mais sobre o assunto? Ouça agora mesmo o episódio 33 do Coisas da Vida Podcast clicando aqui.


(Texto de @Amilton.Jnior)


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