O poder dos nossos pensamentos

 

Pensar

A forma como interpretamos a realidade determina, em muito, a forma como nos sentiremos em relação a ela e, por consequência, a maneira com a qual responderemos aos eventos que precisamos vivenciar em nossa passagem por esse mundo. Sendo assim, podemos concluir que não são as situações que causam nossas angústias, como, por exemplo, uma simples apresentação de trabalho, mas a maneira como entendemos tais circunstâncias: se imaginarmos que todos rirão de nós, experimentaremos ansiedade, mas se olharmos para dentro e nos sentirmos seguros em relação aos nossos próprios recursos, a experiência será mais agradável. Assim podemos entender um pouco o motivo pelo qual pessoas diferentes possuem reações igualmente diferentes diante de situações idênticas.


O que precisamos observar, no entanto, é que não pensamos que teremos um infarto fulminante durante uma apresentação no trabalho porque queremos. Nossa mente pode nos pregar peças. Erros de pensamento podem acontecer. Se soubermos, portanto, identificar esses erros, se conseguirmos entrar em contato com a nossa forma de pensar procurando por evidências que mostrem que estamos certos ou não, então teremos a chance de nos livrarmos desses filtros disfuncionais que assumimos como lentes para vermos o mundo. Se estou com óculos escuros, o mundo perde um pouco de cor. Mas se estiver com óculos transparentes, serei capaz de ver o entorno como ele realmente é. Se me deixo guiar por generalizações ou catastrofizações, por exemplo, então julgarei todo o mundo pelas ações de uma só pessoa ou sempre tenderei a ver o pior do pior de qualquer situação que eu precise viver.


Esses erros de pensamento não são adquiridos por nossa vontade. Advém de crenças. Muitas dessas crenças surgiram e se consolidaram quando ainda éramos crianças, aprendendo sobre o mundo, atentos sobre as ações das pessoas que nos cercavam com aquela sede por aprender sempre mais. Muitas dessas crenças podem ser saudáveis, como, por exemplo, a certeza de que sempre encontraremos apoio. No entanto, tantas outras dessas crenças podem ser tremendamente disfuncionais, como as de que somos um “fracasso” ou que o mundo é “um lugar perigoso”. Como acessar essas crenças? Como compreender que a nossa maneira de pensar se encontra distorcida por tais filtros? Resta-nos apenas o famoso, glorioso e, também, doloroso processo do autoconhecimento! Precisamos fazer um mergulho para dentro, desenvolver uma convivência íntima e harmoniosa conosco mesmos, precisamos nos tornar conhecedores de quem somos e de como funcionamos. Não é fácil. Mas é tremendamente possível e libertador!


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(Texto de @Amilton.Jnior)


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